quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Sintonia fantasma

Cine Fantasma baixou no estúdio da Rádio Roquette Pinto ontem... Ondas de radio frequencia sintonizando o inconsciente coletivo ... uma conversa de outro mundo... buuuu!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

old cinemas, high tech

BTS 2012 closing keynote - Dr. Charlotte Crofts from b2kn on Vimeo ótimo link via menotti, direto do UK: documentario-aplicativo sobre antigos cines – as imagens são exibidas dependendo do local onde você se encontra - fantasmagoria espacializada - cine fantasma high tech!

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Recordar é viver


"O cinema é a forma de arte correspondente aos perigos existenciais mais intensos com os quais se confronta o homem contemporâneo. Ele corresponde a metamorfoses profundas do aparelho perceptivo, como as que experimenta o passante, numa escala individual, quando enfrenta
o tráfico, e como as experimenta, numa escala histórica, todo aquele que combate a ordem social vigente."

Walter Benjamin - A obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica. In: Magia e Técnica.  Arte e  Política. São Paulo: Brasiliense, 2011.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Prestidigitação


"With the house lights on, the ceiling suggested a cloudy blue sky; when the lights dimmed, twinkling stars appeared. In place of boxes, six side windows were softly lit from behind to suggest twilight outside." - John Vacha, Showtime In Cleveland


O cinema sempre foi gestor da ilusão. Não seu único gestor, mas um muitíssimo aplicado. Desde os irmãos Lumiére, o cinema se debruça sobre a mágica, sobre o espanto, sobre o encantamento. Existe enquanto espaço físico, onde se dá a projeção, na ambientação que pode ser proporcionada, e também existe enquanto estado imaterial, como um torpor de teor filosófico, um momento paralelo, destacado pela realidade.
As salas de cinema, historicamente, eram entendidas como palácios, templos de adoração à imagem em movimento, e nunca a princípios religiosos que hoje assolam edificações que tiveram a felicidade de um dia abrigar a sétima arte.
Desde a entrada você era convidado a mergulhar numa outra qualidade do espaço- tempo, que te afastasse da sua vida ordinária e pudesse te fazer vislumbrar histórias extraordinárias. Os salões de espera sempre muito bem decorados, charmosos, propícios ao dar-se a ver, emoldurados por cartazes coloridos e pomposos, e adoçados por uma farta bomboniére.
Depois, você era convidado ao universo interior da sala propriamente dita, sempre muito escura, para favorecer a projeção tanto quanto o nascimento dos sonhos. Imerso nesse ambiente que sub-repticiamente te conduz a outro estado de consciência, é impossível não sonhar. Em algumas salas – diria o mestre João Luiz Vieira – a arquitetura do teto era em forma de abóboda, com estrelinhas pintadas. Sutilezas de um aplicado gestor da ilusão.
Com a migração dos cinemas para o interior dos shoppings, além de todas as coisas óbvias que podemos pensar que mudaram, há esse delicado momento em que o cinema concede à arquitetura do shopping a função de destacar-nos da realidade.
Angariando principalmente as funções da sala de espera, os corredores do shopping propiciam o ver e ser visto, a explosão de cores nas vitrines, as praças de alimentação que trazem delícias do mundo ao alcance da sua mão. É na extensão desses corredores que, mesmo sem adentar o cinema, você pode se perder no tempo, visitar uma realidade paralela, enquanto a vida corre lá fora sem que você se dê conta. Às salas de cinema, agora meros caixotes de cunho prático, guardam apenas a ilusão da projeção propriamente dita, que a grosso modo, pode acontecer no Café Paris ou em qualquer lugar, sem que a arquitetura e a ambientação sejam uma influência particular. E é assim, de pouco em pouco, que a magia das salas de cinema esvanecem.
Urano, o espaço, é pai de Cronos, o tempo. Ambos são famigerados que comem os próprios filhos.


domingo, 17 de fevereiro de 2013

Encontros

Uma página no FB pode ser bem mais do que um espaço de divulgação. Dependendo da participação dos visitantes ela se torna uma verdadeira arena para troca de informações, que possibilita a uma multitude de pessoas com interesses comuns, e de origens muitas vezes díspares, e que dificilmente se encontrariam, um contato próximo. O coletivo fantasma vai se fortalecendo com conexões bem interessantes, de Nova Iguaçu a Aracaju, da Bahia a Paraíba. E é muito bacana quando isso sai do plano etéreo da web e se torna um encontro de carne e osso, como aconteceu logo antes do Carnaval quando fomos visitar o Lahire Marinho, frequentador assíduo das postagens no FB. Lahire e sua amiga Glória nos receberam para um papo ótimo em um aconchegante apartamento que, pasmem, abriga uma sala de projeção particular! Delícia de visita, nem vimos a hora passar.  Situado no coração de Copacabana, bem ali no triângulo das Bermudas que tantos cines tragou, Lahire tem uma coleção de recortes de jornal que conta boa parte da ascensão e queda dos cinemas de rua da cidade. Vamos digitalizar e disponibilizar uma parte por aqui. Mas na verdade quem começou com as perguntas foram eles: para que estamos fazendo o CineFantasma? Não é só para pagar mico né? Adoramos. Toda vez que perdemos o foco da ação lembramos que não estamos aqui só pra pagar mico, claro que não! Lahire e Glória são defensores de salas de cinema, super atuantes e atualizados no assunto. Uma honra e uma alegria contar com essa colaboração no coletivo fantasma. Entre um café e outro ficamos sabendo que o Art Copacabana passava filme em preto e branco, era mais cult, com fitas européias.
E que no demolido Ritz, as crianças assistiam a "Alice no país das maravilhas", "Tarzan e as sereias", "A floresta mágica", "A conquista do espaço"... Onde mais a gente poderia deliciosamente lembrar que o Condor Copacabana tinha dois andares, e ali passou o Poderoso Chefão e Highlander? E que onde hoje funciona o supermercado Mundial, na Siqueira Campos, ficava o Cine Flórida?
E o Bruni Copacabana que exibiu um filme com Jorge Bem chamado "Uma nega chamada Tereza", com canções ao vivo interpretadas pelo próprio entre algumas sessões!?
E que em 1975 o Rian pegou fogo - será que foi um incêndio acidental?
E que em 1977 foi reinaugurado e exibiu vários 007 - "Os diamantes são eternos", "Viva ou deixe morrer". Sem esquecer de Blade Runner e Excalibur.
E o Metro Copacabana? Um capítulo à parte, sobretudo quando chocou suas platéias acostumadas aos filmes da MGM com Rio Zona Norte, Rio 40º, Assalto ao Trem Pagador ...
E o Cine Alvorada: Rua Raul Pompéia 17.  Sua fachada aparece nos Cafajestes, e "Morangos Silvestres" ficou simplesmente 1 ano em cartaz no cinema - que mundo é esse meu deus, onde Morangos Silvestres fica um ano em cartaz em um cinema de rua?
Ali do lado o Cine Alaska exibiu Macunaíma, e não muito longe o Caruso passava Terra em Transe.
Já está na hora de ir embora, e nem saímos de Copacabana... E a Cinelândia? Ah, o Rex, hoje pornô, passava filmes de terror italianos de Dario Argento e Mario Bava, estrelados por Barbara Steele!  Vamos ter que voltar outro dia. Ce n'est pas grave!



sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Pré Cinemas, por Arlindo Machado


painel_anima
Cinema Belle Epoque :: série de poster art (2005) Moana Mayall
(O cinema dos primeiros tempos) … "reunia, na sua base de celulóide, várias modalidades de espetáculos derivadas das formas populares de cultura, como o circo, o carnaval, a magia e a prestigiação, a pantomima, a feira de atrações e aberrações etc. Como tudo o que pertence à cultura popular, ele formava também um outro mundo, um mundo paralelo ao da cultura oficial, um  mundo de cinismo, obscenidades, grossuras e ambiguidades, onde não cabia qualquer escrúpulo de elevação espiritualista abstrata. (…) trata-se de um mundo absolutamente extra-oficial. (ainda que legalizado), que se baseia no princípio do riso e do prazer corporal; é um mundo  invertido,  com possibilidade de permutações constantes entre o elevado e o baixo, o sagrado e o profano, o nobre e o plebeu, o masculino e o feminino."

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Plaza








FilmesVitório de Sica - O juízo final

Império das Aranhas
Tentáculos - (Vampyrotheutis)

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Metro



Parte do complexo da Cinelândia Carioca. O Metro Boavista é o antigo Metro Passeio. Por motivos comerciais, fechou as portas e reabriu no dia 21 de janeiro de 1969 como Cine Metro Boavista. Tinha endereço na Rua do Passeio 62, no centro. Atendido pela empresa exibidora que o inaugurou (Metro passou para Cinema Goldwyn-Mayer), a International Corporation Distribuidora de Filmes Ltda. no ano de 1973. Operou com 952 lugares e levou a fama de uma das mais confortáveis salas da cidade do Rio de Janeiro durante todo o tempo em que esteve em atividade. Fechado, passa por um dramático processo de decomposição e passou do século XX para o século XXI desativado e sem perspectivas de reabertura.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

#3 Palácio

In O Globo, 10 de Agosto de 2008:
"O Cine Palácio, na Cinelândia, está à venda. O principal interessado é o grupo do Hotel Ambassador, da Senador Dantas, que divide parede com o cinema. A idéia é ligar os dois prédios, transformando parte do Palácio em centro de convenções. O Palácio é o mais tradicional cinema de rua da cidade, uma atividade – e este é o motivo da venda – com público cada vez mais reduzido."







sábado, 9 de fevereiro de 2013

Alhambra


"Fachada do Cinema Alhambra Mais um cinema que faz parte da história da cidade do Rio de Janeiro. Este cinema pertenceu a Francisco Serrador, um dos empresários mais ativos na construção desenvolvimento dos cinemas como estabelecimento comercial. Fez parte do complexo da Cinelândia carioca e é considerado nos dias de hoje como um dos mais confortáveis e importantes da época. Recebeu endereço na Rua do Passeio (depois Praça Getúlio Vargas e atual Praça Mahatma Gandhi) nº 14/16, no centro da cidade. Tinha capacidade para 1.448 espectadores e operou de 9 de junho de 1932 a 9 de abril de 1939. Foi palco de um incêndio histórico em 11 de março de 1940 e parte da estrutura foi aproveitada para a construção do Hotel Serrador, uma iniciativa empresarial que funcionou durante alguns anos." ref: Telas que se foram




sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Vitória


 

Filmes: O Imperio dos Sentidos


"Uma sala situada na região da Cinelândia central. Inaugurada em 12 de agosto de 1942, recebeu endereço na Rua Senador Dantas nº 45-A, próximo da Rua Everisto da Veiga. Exibiu excelentes filmes programados pela empresa Luiz Severiano Ribeiro S. A. Comércio e Indústria. Seus 1269 lugares iniciais foram reduzidos para 1124 em 1969. Em 26 de agosto de 1993 desapareceu aquele que foi um dos mais notáveis cinemas do foi Rio de Janeiro."


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Orly

Rua Alcindo Guanabara 17 - Obs: Já foi Cine Rivoli  - de 1950 a 1974 - Mas antes disso ali funcionou o Cine São Carlos ... Muitas e muitas encarnações para uma mesma sala... Quem passa pela porta do Cine Orly e vê o letreiro anunciando a programação de filmes pornográficos não imagina que ali funcionou, no período entre guerras, o Cine São Carlos, que dedicava-se a exibicão de filmes judaicos, muitos deles falados em ídiche! Algumas imagens do TCC "Ídiche nos trópicos", apaixonada pesquisa publicada pela cineasta e pesquisadora Ieda Rozenfeld, nos ajudam a desfiar a memória da Cinelândia, revelando um passado insuspeito para a região. Vale conferir!
Familia de judeus-romenos na Praça XI, Rio de Janeiro década de 40. Álbum familiar da autora.


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

REX









"Sala de cinema localizada na parte menos nobre da Cinelândia central. Tem endereço na Rua Álvaro Alvim nº 33/37, no centro. O Rex ocupa uma sala no andar térreo do edificio que lhe empresta o nome. Foi servido pela empresa exibidora Companhia Brasileira de Cinemas e pertence ao grupo Luiz Severiano Ribeiro. Seus 1900 lugares iniciais foram diminuidos para 1607, no ano de 1969. Já decadente, passou a adotar a prática de programação dupla e posteriormente optou pela exibição de filmes pornográficos. Foi inaugurado em 27 de janeiro de 1934 e até a data da elaboração desta obra, continua em atividade." ref: Telas que se foram

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Capitólio



"Foi edificado em terrenos do antigo Convento da Ajuda pelo Sr. Francisco Serrador.
Fachada: ocupava três pavimentos do prédio. Sua fachada, profusamente iluminada, apresentava o título do cinema em cores cambiantes.
Interior:  a inauguração do Capitólio, ansiosamente esperada pelo público carioca, que afluía à frente da casa para assistir às experiências de luz, foi motivo de comentários por parte da imprensa, que assim se manifestava: “A casa não é muito grande, relativamente, pois terá a capacidade de uns 1.300 a 1.400 lugares...mas esses 1.300 lugares do Capitólio estão divididos em uma platéia de poltronas confortabilíssimas, uma galeria imponente para mais de 500 espectadores e uma ordem de frisas.
A ornamentação interna é distinta e sóbria, mas sempre artística. Possui um foyer luxuoso e uma cabine magnífica de operação, em toda a largura do edifício, com quatro máquinas montadas. A projeção é excelente e grandemente ampliada.” (5) Nos dias subseqüentes acrescentava ainda: “A sala é de linhas elegantes com decorações em que predominam o pérola e o branco, o que empresta ao ambiente nobreza e distinção.
Todos os problemas de arejamento e de luz foram cautelosamente estudados e resolvidos...” (6) E dizia-se mais: “A platéia ocupava o térreo; o segundo pavimento compreendia os camarotes, uma sala de espera e uma bonbonnière elegantíssima em que as obras de marcenaria artística alternam com os espelhos e móveis de luxo, destinados ao repouso e prazer dos espectadores, ali se achando montada uma buvette...” e, no terceiro pavimento ficavam o anfiteatro e o promenoir, “com elevada lotação, distribuída por cadeiras cômodas e confortáveis.” (6)
http://www.ctac.gov.br/centrohistorico/VersaoImp_TeatroXPeriodo.asp?cdP=5&cod=155&tipo=Identificacao&submit1=Vers%E3o+para+Impress%E3o

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Pathé

"Um templo da sétima arte que cedeu espaço para um templo religioso. Parte do complexo da Cinelândia do centro (na época existia a Cinelândia da Tijuca), recebeu endereço na Praça Floriano nº 45, no centro da cidade. Inaugurado em 1 de outubro de 1928, recebeu como empresa exibidora a Casa Marc Ferrez Cinemas e Eletricidade Ltda. Seu interior apresentava bela decoração em estilo déco e oferecia um bom conforto para os época. Passou por seu espaço que padrões da várias reformas e inicialmente disponibilizava 918 poltronas para seus visitantes época, que este era o cinema mais afrancesado da cidade.




Foi desativado no ano de 1999, época em que a Cinelândia Carioca começava a desaparecer. Em seu lugar foi inaugurada uma igreja evangélica.