domingo, 21 de abril de 2013

Ghost Cinema : Live images projected onto dead movie theatres


The extinction of movie theatres is a global phenomenon that has been observed in the past 30 years across many countries. This can be related to the culture of fear, that has been redefining urban spaces and pushed cinemas into shopping centres; but also to new ways of film distribution – television, home video, internet  – in which cinemas are no longer a privileged space. 
If one can say that cinema has always been a ghost – a spectre in a way - what could the ending of old movie palaces teach us about the nature of cinema? 
To use the portmanteau coined by Gregory Ulmer, what is the mystory in the decadence of these buildings?

Ghost Cinema looks for answers to these questions through a series of video interventions, which occupy façades of deactivated movie theatres. Starting from an affective cartography of buildings abandoned, demolished or simply transformed into another activity, the project counts on the spontaneous collaboration of cinema spectators.
The memories shared in a collaborative digital network are indexed in a database, including old photographs of the cinemas, movie extracts, poems, posters, newspapers, memoirs etc. The data is combined and projected over the buildings in a Live Cinema session, mixing materiality, mediality and temporality. As Jacques Derrida affirms, archives are not dealing with the past, but with the future. Ghost Cinema pays a tribute to dead cinemas, bringing them back to life in a mediumistic session, but more than that, it wants do discuss new architectures for image sharing.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

midiamagia



PUBLICADO 16/04/2013 POR DENISEAGASSI

cinefantasma deni3

Sra. e Srs. o Cinefantasma orgulhosamente apresenta:

um banco de dados!

AAAAAAAAAAAHHHHHHHHH!!!

HAHAHAHAHA HAHAHAHAHA

BUUUUUuuuuuu (ecoooo)

Os fantasmas estão aqui, gritava Paola Barreto*** !! O cinema não morreu! São infinitos fotogramas!….

Era de arrepiar! Em plena noite úmida de São Paulo (re)voltava a Cinelândia! Projeção sobre as histórias do que já passou por ali e sob os antigos cinemas, chamavam a atenção para o passado, traziam de volta aquilo que estava quase engolido pela cidade e apagado pelo abandono. Mas foi só buscar conexão e encontramos as redes “cinelândia 1, 2, 3, x…” nos dando sinais de outros tempos e virtualidades. Neste lugar em pleno centro de São Paulo, apareceu o Cinefantasma com a sua troupe fantástica*, em uma bicicleta adaptada para cargas, uma lanterna mágica**, um gerador fumacinha e vossa excelência: o banco de dados! Este, cuidadosamente elaborado, composto por memórias e histórias do que, de certa forma, ainda estão assombrando por ali. Eram letreiros de cinema, trechos de filmes, cartazes antigos, distribuídos sob as fachadas, colunas, escadarias, bilheterias e todo tipo de ruído local. Ao invés de tiquetes de entrada, o Cinefanatsma contou com o público espontâneo, passantes e moradores de ruas, e especialmente, com a colaboração da equipe do Festival BaixoCentro. No meio da noite, até recebemos uma gorjeta de um dos espectadores! Bom, foi mais ou menos assim que aconteceu o Festival BaixoCentro, organizado pela Casa da Cultura Digital, conseguiram viabilizar o projeto via Catarse e contaram com muitas outras colaborações. http://baixocentro.org/    http://catarse.me
Agradecemos Santa Clara por segurar a chuva densa e manter o clima fantasmagórico!
* esta ação de guerilha fez parte do Festival BaixoCentro em São Paulo.  Tive o prazer de participar juntamente com os colaboradores Breno,  Tiago, Pedro e …
**mágico projetor 4.000 lumes, caixas de som amplificadas com 2 microfones, computador com modul8, lanterna, adaptador de tomadas, pen drive, cabos diversos e  uma caixa de entrega de pizza que serviu de suporte para o computador.
*** carioca, idealizadora do projeto Cinefantasma.
aqui tem mais: http://www.facebook.com/cinefantasma?ref=ts&fref=ts

domingo, 14 de abril de 2013

Cine Broadway



Demolido, se materializa por meio da projeção, que atravessa a rua e banha o prédio que se ergue no mesmo terreno.

sábado, 6 de abril de 2013

Vade Retro Projetor

NA CAPITAL

Projeto Cine Fantasma vaga por ruas do Centro

06.04.2013
A ideia dos envolvidos na iniciativa é não deixar que a história dos antigos cinemas se perca no tempo
Com muita atenção e deixando a emoção rolar pelos tempos de outrora, o zelador José Célio de Alencar, 63, olhava as imagens projetadas em uma loja de móveis, na noite de ontem, na Rua Floriano Peixoto, no Centro de Fortaleza. A ação faz parte do Projeto Cine Fantasma, que promove uma série de intervenções urbanas em espaços públicos ao ar livre, que acontecem em fachadas e arredores de prédios que já abrigaram salas de cinema. A capital cearense é a 2ª cidade do País a receber o Projeto.

Com um retroprojetor fixado em um carro, o grupo exibia diversas imagens nostálgicas de filmes passados décadas atrás FOTO: TUNO VIEIRA


O local onde estava o senhor Célio um dia foi o Cine Jangada, que, segundo ele, era palco de grandes filmes na sua infância. "A primeira vez que estive aqui foi com o meu pai. Lembro que ele tinha um ótimo sistema de iluminação e na parede haviam jangadas coloridas", recorda ele.

De lá, a trupe, com aspecto de cortejo reunindo elementos de festa, carnaval e teatro, percorreu mais cinco prédios, onde um dia funcionaram o Cine Moderno, Cine Samburá, Cine-Theatro Majestic-Palace, Cine Diogo, e o São Luis.

Com um retroprojetor fixado em um carro, o grupo exibia nas fachadas dos prédios imagens nostálgicas dos filmes exibidos em cada um dos cinemas, assim como também a sua fachada externa na época de funcionamento. "Aqui em Fortaleza, a gente criou animações específicas para cada um dos seis cinemas onde a gente interveio", explicou a cineasta e professora do Curso de Multimídia do Núcleo Avançado de Educação (Nave) - VisionLab - PUC/Rio, Paola Barreto, e idealizadora do Projeto.

Memórias
Segundo explica, seu trabalho faz parte de uma memória, do desejo que a história relacionada ao local não se perca com o tempo. "Para fazer isso, é preciso mapear o território, e isso é feito a partir de conversas com pessoas que se lembram, com pesquisadores que se dedicam a estudar isso, ou através da sua própria lembrança. Eu vi várias salas de cinema do Rio acabarem, e comecei minhas atividades como cinéfila me criando nessas salas que hoje não existem mais", esclarece Paola Barreto.

O projeto, em Fortaleza, ocorreu a convite do curso de pós-graduação em Arte da Universidade Federal do Ceará (UFC), fechando a semana de lançamento do programa do curso. Além de Fortaleza, o Cine Fantasma percorreu a cidade do Rio de Janeiro, no mês de março, e segue para São Paulo na próxima semana.

RENATO BEZERRA
ESPECIAL PARA CIDADE 

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Assombrações Cearenses

Fantasma da rua

Projeto Cine Fantasma chega a Fortaleza para recontar a história das extintas salas de cinema do Centro da Cidade

DIVULGAÇÃO
Projeções do Cine Fantasma no Rio de Janeiro: ação aponta para o contexto urbano que tem levado à extinção dos cinemas de rua
 
Houve um tempo em que o Centro de Fortaleza abrigava importantes salas de cinema. Nem é preciso muita idade para relembrar isso. Trinta e poucos anos já basta. Quem tem mais do que isso, também deve lembrar das luxuosas exibições do Cine São Luiz, com o público chegando de fraque ou vestido longo. Com o tempo, essa pompa foi sumindo e o público migrando para as salas dos shopping centers. No coração da Cidade, os cinemas foram sendo abandonados, modificados, sendo usados para outros fins. E aquele público, que outrora tirava a tarde para um cineminha no Diogo ou no Jangada, virou fantasma.

Para evitar que essa memória se perca, alguns desses fantasmas voltam hoje a tomar conta do Centro. Quem tiver coração fraco ou medo de assombração, pode ficar tranquilo porque esses são fantasmas do bem. Idealizado pela doutoranda em Artes Visuais da UFRJ, Paola Barreto, o projeto Cine Fantasma nasceu no Rio de Janeiro, mas já recebeu propostas para viajar para várias cidades brasileiras.

A proposta do Cine Fantasma é impactar os passantes com uma movimentação em torno da memória dessas salas e da própria cidade. Para isso, eles começam com um cortejo, que aqui vai passar pelos locais onde, antes, funcionavam os cinemas Jangada, São Luiz, Majestic, Fortaleza, Samburá e Diogo. Com a ajuda de um carro e de um projetor, o grupo vai reproduzir nas fachadas dos prédios fotos antigas, cartazes e cenas de filmes que um dia foram exibidos em cada um desses espaços.

“Esse projeto nasce de uma constatação de que as salas de cinemas de rua estão acabando. Elas já fizeram parte de muitas gerações, mas estão sendo extintas. No Rio, estamos vendo quarteirões sendo varridos pelas mudanças da cidade. É uma parte da memória que se perde”, explica Paola, por telefone. Aprovado no edital Coletivideia, o Cine Fantasma conta com uma equipe no Rio e com a ajuda de muita gente que fornece documentos, imagens e informações. Tudo isso é agrupado num “banco de dados paranormal” e disponibilizado no facebook e no blog do projeto.

Em Fortaleza, as atividades acontecem a convite da pós-graduação em Artes da UFC, que também montou uma equipe de pesquisadores que estão sendo orientados por Paola Barreto. “A ideia é montar equipes locais, com pessoas que tenham história com esses lugares e que comecem a trabalhar nessa perspectiva de pesquisa”, explica ela, que não esperava tanta repercussão para seu projeto. “O embrião do Cine Fantasma vem dessa saudade que eu tenho dos cinemas, mas é muito importante essa dimensão coletiva que o projeto tomou. Você começa a descobrir que todo mundo tem uma história de cinema pra contar”, continua.

No entanto, Paola ressalta que o Cine Fantasma não parte de uma ideia saudosista nem luta, simplesmente, para que as salas voltem a abrir. “Esse projeto trata também sobre o uso dos espaços da cidade. Gostaríamos de chegar numa valorização desses espaços que têm uma importância grande na construção da identidade das cidades. Não sei o que poderia se fazer com alguns deles, mas que não fosse um estacionamento”, acrescenta ela citando outras questões que permeiam a discussão, como a presença forte do cinema estrangeiro, as mudanças do contexto histórico e o download legal ou ilegal de filmes. “Alguma hora eu vou ter que parar com o Cine Fantasma porque tenho que escrever minha tese. Mas é o que eu digo aqui: você tem um cinema fechado? Tem imagens? Tem um carro? Um projetor? Vai lá e faz a mesma coisa”, provoca.

SERVIÇO

Cine Fantasma
O quê: cortejo e videointervenção nos antigos cinemas do Centro de Fortaleza
Onde: Centro (sem local definido)
Quando: sexta-feira (5), sem horário definido 
Quanto: aberto ao público


quinta-feira, 4 de abril de 2013

Acadêmicos do Cine Fantasma

Olá a todos do coletivo cine fantasma.

Escrevo a vocês pelo seguinte motivo: estou escrevendo uma dissertação pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFF sobre o primeiro cinema no Rio de Janeiro, isto é, o cinema que existia aqui no fim do século XIX e no início do século XX. Trata-se de pensar o movimento de migração do cinema para as salas de cinema, em 1907, como um processo de privatização da subjetividade que liga-se também à intervenção urbana promovida por Pereira Passos.

Creio que o projeto de vocês faz parte de, por assim dizer, uma segunda migração, das salas de cinema de rua para locais ascéticos como os Shoppings, o que se liga inevitavelmente à questão problema de meu trabalho, a privatização do sujeito.

Neste momento estou escrevendo sobre como as imagens contemporâneas podem trazer forças políticas que colocam em xeque tais movimentos de interiorização da subjetividade.

Estou fascinada pelas intervenções que vocês andam fazendo e gostaria muito de falar disto na minha dissertação. Creio que, que pelo caráter anárquico do projeto de vocês, não haveria questões de eu falar sobre isso. Ainda assim, gostaria de saber se haveria algum problema em eu escrever sobre vocês.

Atenciosamente.
Veridiana Chiari Gatt